Será que, "Em outra vida, talvez"? - Resenha
Recentemente comecei a ler o livro da Taylor Jenkins Reid, "Em outra vida talvez"* e a primeira coisa que passou pela minha cabeça foi a música da Katy Perry, The one that got away , principalmente o refrão: em uma outra vida, nós manteríamos as nossas promessas, seríamos nós contra o mundo, em uma outra vida, eu faria você ficar, para que eu não dissesse que você foi, aquele que foi embora (tradução livre). O livro é esse refrão, uma decisão foi o suficiente para que tudo mudasse na vida da protagonista, você não se pergunta, "e se?", ele apresenta as possibilidades (duas) para a resposta "sim" e "não".
Hannah decide voltar para casa depois de treze anos longe de Los Angeles, para morar com a sua melhor amiga Gabby. Na primeira semana em LA, as duas vão em um bar e reencontram os amigos do Ensino Médio, dentre esses, Ethan, ex-namorado (perfeito) da protagonista. No fim da noite, Hannah se depara com duas opções: voltar pra casa com Gabby e seu marido Mark ou seguir o seu coração e continuar a noite com Ethan; em uma ela reconquista o amor da sua adolescência e em outra ela sofre um acidente de carro terrível que a deixa debilitada por muito tempo. O leitor acompanha essas duas possibilidades até o fim. São duas histórias com dois finais. O interessante da história é que há sentimentos contrastantes durante a leitura, porque: em um cenário, você já sabe o que de ruim aconteceu na história, então automaticamente, espera-se coisas boas até o fim; em contrapartida, o segundo cenário não teve um conflito, ou uma situação ruim para a protagonista, então o leitor se pergunta o que ainda dará errado.
No início, acreditava que o ponto do livro era: o que vai ser, será, e não poderia estar mais errada. A teoria base do livro é a de que tudo o que pode acontecer, vai acontecer, exemplo: ao jogar uma moeda no ar caem cara e coroa, pois são duas probabilidades que podem se concretizar, todavia cada acontecerá em uma linha temporal diferente. Essa, inclusive, é a mesma premissa do livro Matéria Escura de Blake Crouch. Assim, talvez não estamos predestinados a fazer alguma coisa, apenas aquela coisa que aconteceu fosse o nosso melhor cenário baseado nas nossas escolhas que criam essas inúmeras possibilidades que podem, e vão, acontecer (em outra vida, talvez?). Adorei o livro, fiquei muito imersa e pensativa, por esse ter sido o meu terceiro livro da autora, e ja ter lido as obras primas Os Sete Maridos de Evelyn Hugo e Daisy Jones and the Six (esse livro foi publicado antes desses dois), senti a diferença da escrita, ainda sim é ótima e eu ja sei que em cada obra ela se supera. Nota no Skoob, 4,5 estrelas.
Durante a leitura, eu pensava no meu "e se?", e tenho quase certeza que sei qual foi o meu divisor de águas que me levaria para dois caminhos totalmente diferentes. Ainda acabaria em uma pandemia, porém seria decisivo para como eu lidaria com tudo isso e com outros aspectos da minha vida. Ai eu decidi parar, porque levei em conta o conselho da Hannah: se for pra pensar em todas as possibilidades e porque X aconteceu e não Y, eu vou ficar maluca. :)
*Disponível no Kindle Unlimited em inglês.
Nossa mas essa Taylor Jenkins Reid é o momento mesmo né?
ResponderExcluirSó livrão dela, confere??
Amei a resenha cara, nota 10 no Skoob